Eu abri meus olhos lentamente, estava em um quarto com um guarda-roupa, uma Televisão, e a cama onde eu estava deitado, passei a mão na minha cabeça, estava doendo ainda, porém menos, tinha um curativo em cima do machucado, isso me colocou em estado de alerta, se havia um curativo ali, alguém devia ter colocado, levantei metade do meu corpo e quase gritei, mas uma mão tapou minha boca antes que eu gritasse, uma mulher, a mesma que tinha me segurado quando eu cai:
Mulher: Ei, não grite, os soldados já estão por toda a cidade, não vai querer alerta-los vai?
Eu me acalmei e ela tirou a mão da minha boca:
Thomas: Quem é você?
Karen: Meu nome é Karen, e o seu?
Ela estava sorrindo, achei que não custava contar meu nome:
Thomas: Me chamo Thomas...
Karen: Thomas? Nome bonito!
Ela parecia estar sempre sorrindo:
Karen: Vamos tentar nos conhecer melhor Thomas, eu tenho vinte e oito anos, e você?
Eu pensei um pouco, essa mulher era realmente confiável? Porque estava me perguntando aquilo? E porque me salvou? Eu hesitei um pouco, mas logo soltei:
Thomas: Tenho doze anos, faço treze dia oito de Abril, agora me responda, porque me salvou?
Ela deu um suspiro e respondeu:
Karen: Eu tenho ficado muito sozinha desde que tudo isso começou, quando meu filho morreu, depois disso não aguentaria ver mais alguém morrer...
Ela começou a chorar, o que me fez sentir, pela primeira vez, um peso no coração...
FLASH BACK / KAREN
25 de Março de 2013 - 17:23 - Cozinha
Eu estava na cozinha preparando o lanche da tarde, quando olhei para o relógio Lucas já devia estar chegando da escola, deixei os sanduíches que preparei em cima da mesa e fui até a frente de casa, como sempre, fiquei esperando ele chegar, quando vários helicópteros surgiram no céu:
Karen: O que esta acontecendo?
Comecei a ficar preocupada, Lucas não chegava, minha preocupação aumentou quando vários homens fardados, a maioria de farda preta, porém, alguns usavam fardas azuis e tinha um com uma farda vermelha, que desceu por ultimo, um homem de farda azul veio em minha direção:
Homem: Vá para dentro ou sofra as consequências!
Eu estava desesperada, Lucas não havia chegado:
Karen: Por favor, meu filho ainda não chegou!
Foi quando eu o avistei, ele vinha correndo chorando para mim, eu dei um suspiro de alivio, porém, minha respiração parou quando o Homem de Farda Vermelha puxou ele e segurou a cabeça dele, eu fiquei apavorada e gritei:
Karen: NÃO!
Tarde demais, ele quebrou o pescoço do meu filho, eu comecei a chorar e a gritar, o homem de Farda azul me levou para dentro de casa e, antes de eu entrar, vi um sorriso no rosto do homem de farda Vermelha enquanto jogava o corpo de meu filho na rua, como se fosse lixo, assim que o homem fechou a porta, eu sentei lentamente no canto da parede e comecei a chorar, não podia acreditar que meu filho havia morrido, eu estava desesperada, tranquei a porta e andei até a Porta que levava ao porão, eu não estava pensando em nada, estava em estado de choque, desci as escadas e fui até um amontoado de caixas, entrei no meio e adormeci ali mesmo, uma voz na minha cabeça me dizia para não desistir e entrar naquele monte, eu apenas fiz o que me foi recomendado, eu estava louca mesmo, não estava com a cabeça no lugar, fiquei la chorando até adormecer...
FIM DO FLASH BACK
Enquanto ela contava para mim o que aconteceu, percebi que ela realmente tinha motivos para não querer ver mais ninguém morrer, coloquei a mão sobre meu peito, estava sentindo uma angustia como nunca tinha sentido, logo depois, surgiu uma dor de cabeça repentina, eu gemi de dor e ela percebeu, enxugou as lagrimas e se levantou, pegou uma aspirina e um copo de água e me entregou:
Karen: Isso vai fazer sua dor de cabeça passar!
Eu tomei o medicamento e engoli a água em uma golada, ela se afastou em direção de uma porta e falou enquanto andava:
Karen: Quando estiver pronto venha tomar café, se quiser tomar banho tem um banheiro no final do corredor!
Então ela se afastou, me deixando pensando no filho dela, e nos ideais que tenho seguido até hoje, a alguns dias eu pensava que sobreviver era meu objetivo, mas do que importa sobreviver se não posso viver? Tenho muito no que pensar ainda...
30 de Março de 2013 - 09:34
Eu tinha acabado de tomar banho, vesti uma das roupas que eu tinha pego naquela loja de conveniência era uma camisa branca escrito apenas "São Paulo", Karen estava sentada em uma mesa de madeira tomando uma xícara de café e comendo um pão recheado, provavelmente com doce de leite, já que havia uma tigela disso em cima da mesa, me sentei junto com ela, peguei um pedaço de bolo de laranja, estava um pouco murcho mas não me importei, peguei uma xícara de café e comecei a tomar:
Karen: Bonita camisa! Você é turista?
No começo achei que ela estivesse falando sério, mas ela deu uma risada que me fez perceber que ela estava apenas brincando com a minha cara, eu dei um sorriso para ela:
Thomas: Muito engraçado!
Acho que ela não importava se eu realmente fosse de São Paulo ou não, naquele momento, por algum motivo, estava feliz apenas pelo fato de deixar alguém feliz, isso é estranho vindo de mim, Karen terminou de tomar o café da manhã e se levantou:
Karen: Se quiser jogar vídeo-game tem um Xbox na sala, era do meu filho, mas...
Ela baixou a cabeça:
Thomas: Obrigado Karen!
Ela sorriu e saiu da cozinha, fiquei sentado até ouvir um barulho de porta fechando, fui até a sala e liguei o Xbox:
Thomas: Acho que até eu mereço um descanso!
Então comecei a jogar, e fiquei a tarde inteira nisso, quando era de noite eu adormeci ali no sofá mesmo...
31 de Março de 2013 - 00:23
Eu estava apenas cochilando no sofá, quando Karen veio e me viu deitado no sofá com a televisão ligada, ela desligou pela tomada e colocou uma coberta sobre mim, eu fiquei feliz, gostaria que a Karen tivesse sido minha mãe, diferente de Caroline e Jim, eles eram pais odiosos, raramente falavam comigo, me deixavam praticamente doze anos cuidando de mim mesmo e de Mary, eu tive de aprender a mexer no fogão com sete anos, antes disso pedíamos para nosso tio trazer comida para a gente, embora eu tive que cuidar de Mary, eu não pensava que ela tenha sido um peso nesses meus doze anos, na verdade, eu amava minha irmã, só o fato dela não estar comigo me fazia um pouco triste, mas nada que eu não superasse, embora eu odeie Santiago eu sei que ela estará segura perto dele, e pensando em tudo isso, nem vi o tempo passar e adormeci logo...
31 de Março de 2013 - 12:34
Eu acordei tarde, olhei no relógio da parede, já eram meio-dia me levantei e fui até a cozinha, eu estava escutando alguém cantarolando, quando cheguei na cozinha, vi Karen preparando algo, eu perguntei:
Thomas: Karen, o que você está preparando?
Ela não me respondeu, então me aproximei e olhei na panela, não tinha nada, Karen devia estar com algum tipo de problema, ela mexia uma colher em uma panela vazia, desliguei o fogo, peguei as mãos dela e a conduzi até a sala, eu a sentei no sofá e ela continuava cantando, fui até a cozinha e resolvi eu mesmo preparar o almoço, ela não estava em condições boas, na verdade, parecia ter entrado em estado de choque de um dia para outro, abri um dos armários da cozinha, não tinha nada, fui até a geladeira e a mesma situação, eu resolvi que tinha de sair e buscar alimentos, fui até o quarto que Karen havia deixado para mim e coloquei minha mochila na cama, peguei o cutelo e fui até a porta da frente, Karen continuava sentada na sala, eu suspirei e disse:
Thomas: Vou buscar alguns suprimentos, fique ai!
Ela virou para mim e me respondeu:
Karen: Não volte tarde filho!
Eu estranhei, mas segui adiante, abri a porta, olhei se não havia nenhum soldado por perto e então sai...
31 de Março de 2013 - 17:34
Eu cheguei na rua da casa de Karen com muita cautela, quando encontrei um supermercado, eu tive alguns problemas com soldados de fardas pretas e alguns de fardas azuis, mas nada que não pudesse ser resolvido com o cutelo, eu havia pego dez Cup Noodles de galinha, seis caixas de barra de cereal e seis garrafinhas de água, tinha trazido um carrinho abarrotado de outras coisas, eu estava me perguntando se Karen já tinha melhorado e se estava com muita fome, quando cheguei na casa dela, larguei o carrinho na frente, a porta estava escancarada, eu corri para dentro, a casa estava toda revirada, procurei Karen no quarto dela, procurei no banheiro, quando entrei na cozinha, eu havia encontrado ela, ela estava sentada no chão, encostada na bancada, ela estava respirando forte, eu me ajoelhei diante dela:
Thomas: O que aconte...
Minha voz parou, ela tinha levado um tiro no tórax, eu comecei a sentir lagrimas descendo pelos meus olhos:
Thomas: Karen, não se preocupe, vai ficar tudo bem!
Ela levantou a cabeça olhando diretamente para mim:
Karen: Lucas, é você? Não consigo ver muito bem!
Ela começou a apalpar meu rosto, eu não consegui pensar em outra coisa para dizer, sabia que ela não iria resistir, com os olhos cheios de lagrimas, eu a confortei, resolvi mentir:
Thomas: Sim, sou eu Mamãe! Eu não falei para ficar aqui mamãe?
Karen: Eu fui jogar o lixo para fora...
Eu entendi o que aconteceu então, não devia te-la deixado sozinha naquelas condições:
Karen: Mamãe estava com saudades, onde andou?
Resolvi contar uma verdade no meio de uma mentira:
Thomas: Eu estava perdido, mas graças a você eu me reencontrei!
Ela deu um sorriso que me fez chorar, mesmo ela estando nessas condições ela ainda conseguia sorrir:
Karen: Eu sinto tanta dor...
Eu não estava aguentando mais, parecia que toda dor que ela estava sentindo eu também estava, eu não queria vê-la sofrer mais:
Thomas: N-não precisa sentir dor, é só fechar seus olhos...
Ela continuava sorrindo:
Karen: Então vou seguir seu conselho, minha doce e jovem criança...
Ela fechou os olhos, e a vida se esvaiu de seu corpo, eu abracei ela e comecei a soluçar, em apenas dois dias com ela, eu aprendi muito mais do que tinha aprendido a vida inteira, eu me sentia um idiota, nunca soube dar valor a vida alheia, agora isso é como se fosse um castigo, eu carreguei o corpo até o quarto e a deitei na cama dela, coloquei um lençol sobre ela e antes de sair dali, beijei sua testa e falei:
Thomas: Obrigado por tudo Karen, não vou deixar que sua morte tenha sido em vão, e também...
Uma lagrima escorreu por meu rosto, baixei a cabeça e disse:
Thomas: ...Nunca vou te esquecer!
Então fechei a porta, enquanto eu andava até meu quarto e pegava minha mochila, se antes eu estava em duvida quanto aos meus ideais, agora já tinha certeza, eu sempre estive errado, Mary estava certa, se eu continuasse um dia minha Arrogância me mataria, alem do mais, também tinha certeza de meu Objetivo...
...Eu vou Vingar Karen...
...Vou Destruir a Novus Ordo Seclorum...
...
Karen: Por favor, meu filho ainda não chegou!
Foi quando eu o avistei, ele vinha correndo chorando para mim, eu dei um suspiro de alivio, porém, minha respiração parou quando o Homem de Farda Vermelha puxou ele e segurou a cabeça dele, eu fiquei apavorada e gritei:
Karen: NÃO!
Tarde demais, ele quebrou o pescoço do meu filho, eu comecei a chorar e a gritar, o homem de Farda azul me levou para dentro de casa e, antes de eu entrar, vi um sorriso no rosto do homem de farda Vermelha enquanto jogava o corpo de meu filho na rua, como se fosse lixo, assim que o homem fechou a porta, eu sentei lentamente no canto da parede e comecei a chorar, não podia acreditar que meu filho havia morrido, eu estava desesperada, tranquei a porta e andei até a Porta que levava ao porão, eu não estava pensando em nada, estava em estado de choque, desci as escadas e fui até um amontoado de caixas, entrei no meio e adormeci ali mesmo, uma voz na minha cabeça me dizia para não desistir e entrar naquele monte, eu apenas fiz o que me foi recomendado, eu estava louca mesmo, não estava com a cabeça no lugar, fiquei la chorando até adormecer...
FIM DO FLASH BACK
Enquanto ela contava para mim o que aconteceu, percebi que ela realmente tinha motivos para não querer ver mais ninguém morrer, coloquei a mão sobre meu peito, estava sentindo uma angustia como nunca tinha sentido, logo depois, surgiu uma dor de cabeça repentina, eu gemi de dor e ela percebeu, enxugou as lagrimas e se levantou, pegou uma aspirina e um copo de água e me entregou:
Karen: Isso vai fazer sua dor de cabeça passar!
Eu tomei o medicamento e engoli a água em uma golada, ela se afastou em direção de uma porta e falou enquanto andava:
Karen: Quando estiver pronto venha tomar café, se quiser tomar banho tem um banheiro no final do corredor!
Então ela se afastou, me deixando pensando no filho dela, e nos ideais que tenho seguido até hoje, a alguns dias eu pensava que sobreviver era meu objetivo, mas do que importa sobreviver se não posso viver? Tenho muito no que pensar ainda...
30 de Março de 2013 - 09:34
Eu tinha acabado de tomar banho, vesti uma das roupas que eu tinha pego naquela loja de conveniência era uma camisa branca escrito apenas "São Paulo", Karen estava sentada em uma mesa de madeira tomando uma xícara de café e comendo um pão recheado, provavelmente com doce de leite, já que havia uma tigela disso em cima da mesa, me sentei junto com ela, peguei um pedaço de bolo de laranja, estava um pouco murcho mas não me importei, peguei uma xícara de café e comecei a tomar:
Karen: Bonita camisa! Você é turista?
No começo achei que ela estivesse falando sério, mas ela deu uma risada que me fez perceber que ela estava apenas brincando com a minha cara, eu dei um sorriso para ela:
Thomas: Muito engraçado!
Acho que ela não importava se eu realmente fosse de São Paulo ou não, naquele momento, por algum motivo, estava feliz apenas pelo fato de deixar alguém feliz, isso é estranho vindo de mim, Karen terminou de tomar o café da manhã e se levantou:
Karen: Se quiser jogar vídeo-game tem um Xbox na sala, era do meu filho, mas...
Ela baixou a cabeça:
Thomas: Obrigado Karen!
Ela sorriu e saiu da cozinha, fiquei sentado até ouvir um barulho de porta fechando, fui até a sala e liguei o Xbox:
Thomas: Acho que até eu mereço um descanso!
Então comecei a jogar, e fiquei a tarde inteira nisso, quando era de noite eu adormeci ali no sofá mesmo...
31 de Março de 2013 - 00:23
Eu estava apenas cochilando no sofá, quando Karen veio e me viu deitado no sofá com a televisão ligada, ela desligou pela tomada e colocou uma coberta sobre mim, eu fiquei feliz, gostaria que a Karen tivesse sido minha mãe, diferente de Caroline e Jim, eles eram pais odiosos, raramente falavam comigo, me deixavam praticamente doze anos cuidando de mim mesmo e de Mary, eu tive de aprender a mexer no fogão com sete anos, antes disso pedíamos para nosso tio trazer comida para a gente, embora eu tive que cuidar de Mary, eu não pensava que ela tenha sido um peso nesses meus doze anos, na verdade, eu amava minha irmã, só o fato dela não estar comigo me fazia um pouco triste, mas nada que eu não superasse, embora eu odeie Santiago eu sei que ela estará segura perto dele, e pensando em tudo isso, nem vi o tempo passar e adormeci logo...
31 de Março de 2013 - 12:34
Eu acordei tarde, olhei no relógio da parede, já eram meio-dia me levantei e fui até a cozinha, eu estava escutando alguém cantarolando, quando cheguei na cozinha, vi Karen preparando algo, eu perguntei:
Thomas: Karen, o que você está preparando?
Ela não me respondeu, então me aproximei e olhei na panela, não tinha nada, Karen devia estar com algum tipo de problema, ela mexia uma colher em uma panela vazia, desliguei o fogo, peguei as mãos dela e a conduzi até a sala, eu a sentei no sofá e ela continuava cantando, fui até a cozinha e resolvi eu mesmo preparar o almoço, ela não estava em condições boas, na verdade, parecia ter entrado em estado de choque de um dia para outro, abri um dos armários da cozinha, não tinha nada, fui até a geladeira e a mesma situação, eu resolvi que tinha de sair e buscar alimentos, fui até o quarto que Karen havia deixado para mim e coloquei minha mochila na cama, peguei o cutelo e fui até a porta da frente, Karen continuava sentada na sala, eu suspirei e disse:
Thomas: Vou buscar alguns suprimentos, fique ai!
Ela virou para mim e me respondeu:
Karen: Não volte tarde filho!
Eu estranhei, mas segui adiante, abri a porta, olhei se não havia nenhum soldado por perto e então sai...
31 de Março de 2013 - 17:34
Eu cheguei na rua da casa de Karen com muita cautela, quando encontrei um supermercado, eu tive alguns problemas com soldados de fardas pretas e alguns de fardas azuis, mas nada que não pudesse ser resolvido com o cutelo, eu havia pego dez Cup Noodles de galinha, seis caixas de barra de cereal e seis garrafinhas de água, tinha trazido um carrinho abarrotado de outras coisas, eu estava me perguntando se Karen já tinha melhorado e se estava com muita fome, quando cheguei na casa dela, larguei o carrinho na frente, a porta estava escancarada, eu corri para dentro, a casa estava toda revirada, procurei Karen no quarto dela, procurei no banheiro, quando entrei na cozinha, eu havia encontrado ela, ela estava sentada no chão, encostada na bancada, ela estava respirando forte, eu me ajoelhei diante dela:
Thomas: O que aconte...
Minha voz parou, ela tinha levado um tiro no tórax, eu comecei a sentir lagrimas descendo pelos meus olhos:
Thomas: Karen, não se preocupe, vai ficar tudo bem!
Ela levantou a cabeça olhando diretamente para mim:
Karen: Lucas, é você? Não consigo ver muito bem!
Ela começou a apalpar meu rosto, eu não consegui pensar em outra coisa para dizer, sabia que ela não iria resistir, com os olhos cheios de lagrimas, eu a confortei, resolvi mentir:
Thomas: Sim, sou eu Mamãe! Eu não falei para ficar aqui mamãe?
Karen: Eu fui jogar o lixo para fora...
Eu entendi o que aconteceu então, não devia te-la deixado sozinha naquelas condições:
Karen: Mamãe estava com saudades, onde andou?
Resolvi contar uma verdade no meio de uma mentira:
Thomas: Eu estava perdido, mas graças a você eu me reencontrei!
Ela deu um sorriso que me fez chorar, mesmo ela estando nessas condições ela ainda conseguia sorrir:
Karen: Eu sinto tanta dor...
Eu não estava aguentando mais, parecia que toda dor que ela estava sentindo eu também estava, eu não queria vê-la sofrer mais:
Thomas: N-não precisa sentir dor, é só fechar seus olhos...
Ela continuava sorrindo:
Karen: Então vou seguir seu conselho, minha doce e jovem criança...
Ela fechou os olhos, e a vida se esvaiu de seu corpo, eu abracei ela e comecei a soluçar, em apenas dois dias com ela, eu aprendi muito mais do que tinha aprendido a vida inteira, eu me sentia um idiota, nunca soube dar valor a vida alheia, agora isso é como se fosse um castigo, eu carreguei o corpo até o quarto e a deitei na cama dela, coloquei um lençol sobre ela e antes de sair dali, beijei sua testa e falei:
Thomas: Obrigado por tudo Karen, não vou deixar que sua morte tenha sido em vão, e também...
Uma lagrima escorreu por meu rosto, baixei a cabeça e disse:
Thomas: ...Nunca vou te esquecer!
Então fechei a porta, enquanto eu andava até meu quarto e pegava minha mochila, se antes eu estava em duvida quanto aos meus ideais, agora já tinha certeza, eu sempre estive errado, Mary estava certa, se eu continuasse um dia minha Arrogância me mataria, alem do mais, também tinha certeza de meu Objetivo...
...Eu vou Vingar Karen...
...Vou Destruir a Novus Ordo Seclorum...
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