domingo, 28 de outubro de 2012

Capitulo. 4 - Não estou sozinho! Parte - 2

26 de Março de 2013 - 09:34 AM - Estrada

Nos Havíamos saído a pouco tempo da cidade, não tínhamos mais o que fazer la, nossas famílias tinham sido mortas, Nos havíamos pego o carro do pai de Alice, um Cross Fox cinza, nos resolvemos sair na estrada lá pelas cinco da manhã, tentaríamos procurar um lugar mais seguro, Alice dormia no banco do passageiro, eu meio que sentia remorso por ter deixado ela ter visto os pais dela naquele estado, eu afastei esses pensamentos, eu estava quase dormindo, liguei o radio com uma esperança de que tivesse algo para escutar e afastar o sono, quando sintonizei em uma estação que passava uma voz segura:

Voz: Se houver algum sobrevivente desse massacre! Temos comida e abrigo na Igreja de Trindade, repito, temos comida e abrigo na Igreja de Trindade!

Alice acordou incomodada com a voz que o radio emitia, eu o desliguei, virei o carro e comecei a voltar:

Alice: O que foi? Porque estamos voltando?

Santiago: Eu escutei pelo radio um homem dizendo que tem abrigo e comida na Igreja de Trindade!

Alice: Você acha seguro voltarmos?

Santiago: A Cidade de Trindade é pequena, Goiânia roubaria o centro das atenções  então tem chance de que ela não tenha sido atingida pelo Massacre!

Alice: Então porque eles estão anunciando abrigo e comida pelo radio?

Ela estava certa, se for verdade o que o homem na TV disse, esse foi um Massacre Global, nós ficamos quietos por um tempo e o assunto se perdeu, eu estava nervoso, então ela disse:

Alice: Santi... Posso te perguntar uma coisa?

Santiago: Claro!

Ela colocou as pernas no banco e as abraçou:

Alice: Porque só agora que ocorreu esse Massacre você voltou para me ver?

Eu não tinha resposta, ela se virou e encostou a cabeça no banco, ficamos em silencio até chegarmos em Trindade, paramos na frente da igreja, havia um homem careca com uma batina na porta, como se esperasse algo, ou alguém, andamos até ele, ele abriu um grande sorriso quando nos avistou:

Santiago: Ola, meu nome é Santiago e essa é Alice, nós escutamos seu aviso no radio...

Padre: Oh, sim, claro! Meu nome é Jonathan e sou o padre desta igreja, ou era, mas de qualquer forma venham, entrem! Tem espaço para todos!

Nós o seguimos, percebi que ele tinha duas chaves penduradas por um colar no pescoço, resolvi não questionar, chegamos até uma sala que dava para três portas, eu fui abrir uma delas porém o padre me impediu:

P. Jonathan: Por favor não entre ai!

Eu achei a atitude dele suspeita, mas antes que eu falasse algo, ele nos empurrou para a única sala aberta, era um grande quarto, tinha uma cama de casal, um criado-mudo e uma porta, não reclamei muito, e Alice menos ainda, ela deitou na cama e adormeceu rápido  me perguntei o quanto que ela conseguia dormir em um dia, logo depois me virei para o Padre:

Santiago: Você teria algum lugar para eu tomar banho?

P. Jonathan: Claro, tem um banheiro ali naquela porta, qualquer coisa me chamem!

Então ele saiu do quarto, eu entrei no banheiro e tomei um banho, pensei em tudo que aconteceu até ali e disse no vácuo:

Santiago: Será que ainda existe um futuro?

Eu sai do banheiro, coloquei minhas roupas, deitei na cama do lado de Alice e adormeci...

26 de Março de 2013 - 23:43

Acordei suando frio, olhei para o lado e Alice não estava lá, me levantei da cama, caminhei até a porta e a abri, tomando cuidado para não fazer barulho, o Padre estava dormindo em uma cadeira, eu ia procurar Alice, porém minha curiosidade foi maior, me aproximei bem devagar e comecei a passar as chaves por volta do pescoço dele, ele começou a roncar e eu me assustei, porém consegui retira-las, andei até uma das portas, coloquei uma das chaves, não girou, coloquei a outra, eu girei a chave e a porta abriu, era um quarto todo escuro, apalpei a parede procurando um interruptor, eu finalmente achei e acendi as luzes, depois disso eu vomitei no chão, havia dois cadáveres despedaçados, e sangue para todo lado:

Santiago: O Que é isso?

Alguém colocou a mão no meu ombro:

P. Jonathan: Entenda garoto, um dia a comida vai acabar por causa desse Massacre, eu apenas estava estocando!

Eu me virei e cai no chão, afastando a mão dele, ele estava com um sorriso sarcástico no rosto, eu estava apavorado:

Santiago: Mas você é... Um Padre!

Jonathan: Não acredite em tudo que te disserem garoto! Eu sou um soldado da Novus Ordum Seclorum! Eu fui esquecido aqui durante a operação, enquanto não derem minha falta eu guardarei comida para mim!

Santiago: Isso é... Completamente Insano!

Jonathan: Insano... Pode até ser, mas será o que vai acontecer a seguir com você, sua namoradinha, e os filhos desse casal que você esta vendo as partes deles!

Ele partiu para cima de mim com um cutelo, eu desviei, eu tentei correr, mas cai logo em seguida, estava com muito medo, não conseguia pensar:

Jonathan: Garoto, aceite logo! NÃO EXISTE FUTURO!

Suas palavras me atingiram como um tiro, eu comecei a ficar com raiva, que logo se transformou em ódio, eu me levantei lentamente, retirei o punhal de minha mãe do bolso, e disse:

Santiago: Foda-se! Eu faço meu Futuro!

Ele me atacou novamente, porém, desta vez não desviei, fui para cima dele, ele se assustou e errou o golpe, eu aproveitei e com o punhal, furei o olho dele, ele caiu agonizando, eu peguei o cutelo e sai correndo, logo depois de trancar a porta, eu fui diretamente na outra e coloquei a outra chave, eu a abri, la dentro era um quarto totalmente vazio, exceto por Alice estar amarrada e inconsciente junto com duas crianças pálidas que estavam amarradas e amordaçadas, elas estavam chorando, e quando me viram, elas fecharam os olhos, e começaram a soluçar:

Santiago: Calma, não vou machuca-las!

Elas olharam diretamente para mim, eu desamarrei elas e Alice, ouvi um estrondo na porta ao lado, o Soldado estava tentando arrombar, eu peguei Alice no colo:

Garoto: Por favor, não nos deixe aqui! Ele vai nos matar igual matou nossos pais na nossa frente!

Eu olhei com pena para eles:

Santiago: Tudo bem! Pegue sua irmã e venham!

Corremos até o carro, coloquei Alice no banco do passageiro e os dois irmãos entraram no banco de trás, eu dei a partida, as duas crianças começaram a se desesperar quando o homem apareceu na frente da igreja com o olho furado e sangue escorrendo em seu rosto, eu acelerei, até que o homem estivesse longe, então parei o carro perto de um supermercado, agora vazio:

Santiago: Bom, acho que não nos apresentamos, meu nome é Santiago, tenho dezesseis anos! E ela é Alice, tem quinze!

As duas crianças hesitaram, mas logo responderam:

Mary: Bom, eu sou Mary...

Thomas: E eu sou Thomas, como já deve ter percebido, somos gêmeos e Temos doze anos! Ah, obrigado por nos salvar daquele homem!

Eles sorriram, aquilo me confortou, realmente, depois dali percebi que não estávamos sozinhos, e teríamos que tomar cuidado daqui em diante...

Continua...

Um comentário:

  1. Isso nao é um padre, esse ai e o palhaço do satanás que anda com um olho furado!

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